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Mostrando postagens de novembro, 2021

Resenhando "A alegoria da caverna"

A alegoria da caverna é o sétimo livro que compõe a obra "A república", de Platão, nela o autor relata um diálogo filosófico entre Sócrates e Glauco. No início dessa conversa, Sócrates usa uma analogia para que Glauco imagine prisioneiros acorrentados numa caverna onde só conseguiriam enxergar as sombras dos objetos projetadas na parede por uma fogueira na entrada da caverna. Em seguida, o filósofo estimula à reflexão sobre o que aconteceria caso um dos prisioneiros conseguisse escapar de lá experimentando algo totalmente diferente do que havia tido sua vida inteira. Como suas convicções seriam confrontadas? Como a sua compreensão do mundo seria transformada? E, se este eventualmente retornasse à caverna, como seria recepcionado pelos outros prisioneiros diante de sua nova percepção da realidade? O livro apresenta algumas metáforas que pode ser trazidas para o nosso cotidiano como forma de facilitar a compreensão dos ensinamentos do filósofo: qualquer um de nós pode ser um do

Sentenciando "O caso dos exploradores de cavernas"

Inicio a minha argumentação saudando todos os meus nobres colegas colegiados que assim como eu têm essa dura missão de analisar e sentenciar tal fato que aflige a todos. Compadeço-me com todos por entender quão difícil é avocar para si a decisão de definir o futuro de um cidadão, ainda mais neste caso, cujo não apenas o futuro, mas a vida de quatro cidadãos da nossa Confederação. Entendo perfeitamente a opção do nosso presidente do tribunal por fazer cumprir o seu ofício seguindo o rigor da lei, porém apelando para a clemência executiva superar a sua decisão. Compreendo o nosso colega Foster por enveredar pelo jusnaturalismo convencendo-se de que os réus estariam num "estado de natureza" e não de sociedade civil para assim, livrá-los da culpa justificando que por tal razão não seria cabível aplicá-los às leis de uma sociedade da qual, embora momentaneamente, eles não fariam parte. Exercito a empatia ao colega Tatting que optou por abster-se do fardo de condenar homens desespe