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Mostrando postagens de agosto, 2013

Dica de Livro: Menina de 20

Muita gente já deve ter ouvido sobre Becky Bloom. São seis livros (que ainda não consegui ler) e o filme “Os Delírios de Consumo de Becky Blomm”, que juntaram os dois primeiros livros para o enredo do filme (eu sei porque li somente o segundo livro :P). Bom, hoje vou falar sobre um dos livros da autora da série, Sophie Kinsella (pseudônimo de Madeleine Wickham, que também tem livros publicados em seu nome – eu li um e não gostei). “Menina de 20” é um livro leve, engraçado, muito divertido e recomendado para todas as idades. Na história, Lara passa a ser “assombrada” pelo espírito da sua tia-avó Sadie e acaba se envolvendo em diversas confusões para descobrir onde foi parar o colar de Sadie – o último pedido do espírito. Sinopse O espírito da tia-avó de Lara Lington, que foi uma jovem dançarina de Charleston com ideias avançadas sobre moda e amor, aparece misteriosamente com um último pedido: Lara precisa localizar um colar que foi dela por mais de 75 anos. Só assim Sadie poderá des

O Guardião, de Nicholas Sparks

Acabei essa semana de ler o livro O Guardião, do Nicholas Sparks. Sei que já falei do autor em outro post , mas adoro os livros dele! O Guardião foi lançado este ano aqui no Brasil e conta a história de Julie, uma jovem viúva que descobre o amor em Mike, um amigo antigo. Porém, antes de se envolver com Mike, Julie sai com outros homens e um deles não aceitará tão bem o fim desse relacionamento, que mal havia começado. A trama envolvente mescla romance e suspense, além da amizade e companheirismo de um cachorro com seu dono. Não acho legal contar o resumo do livro, já que assim acabarei estragando o suspense da história. Mas abaixo, segue a sinopse do livro: “Quarenta dias após a morte de seu marido, Julie Barenson recebe uma encomenda deixada por ele. Dentro da caixa, encontra um filhote de cachorro dinamarquês e um bilhete no qual Jim promete que sempre cuidará dela. Quatro anos mais tarde, Julie já não pode depender apenas da companhia do fiel Singer, o filhotinho que se tornou u

Casagrande e - a coragem de expor – seus demônios

Foi lançado pela editora Globo Livros, em abril deste ano, o livro Casagrande e seus demônios, uma autobiografia em parceria com Gilvan Ribeiro, que narra a vida do ex-jogador de futebol e agora comentarista Walter Casagrande Junior. Confesso que a escolha do livro se deu meramente por ter sido um presente dado a meu pai, que acabou me emprestando-o. Folhear as páginas foi, porém, um grande deleite e surpresa. Entre as narrativas de passagens de sua vida desde sua chegada ao clube de coração, Corinthians, passando pela sua vida pessoal e confrontos inevitáveis com dirigentes do time e com a lei - dada a sua personalidade forte, traço marcante presente em toda a narrativa -, podemos perceber o drama que o acompanha desde sua juventude e contra o qual luta até hoje: a dependência química. Poderia ser outro livro piegas, clichê, bem ao estilo filme sobre ídolos do rock – gênero musical que Casagrande aprecia – onde tudo começa com festa, chega ao apogeu e depois entra em declíni

Secos&Molhados: o quarentão ultra-jovem

Há quarenta anos, surgia no cenário brasileiro um grupo musical que deu o que falar. Alguém já ouviu a respeito do grupo Secos&Molhados? Provavelmente os mais jovens, ou ainda os que não curtem muito música brasileira, não saiba muito o quê o banda significou para o cenário musical brasileiro. Secos&Molhados foi um conjunto de música liderado por Ney Matogrosso, que surgiu no começo da década de 70. Um detalhe curioso é que, até a primeira aparição em público do grupo, pouca gente era capaz de saber se quem cantava as músicas era um homem ou uma mulher. Na realidade, tudo apontava para uma voz feminina; afinal, em plena época do vozeirão de Roberto Carlos e outros graves como Moacyr Franco, ainda nas paradas, quem poderia supor que um exemplar do sexo masculino chegaria a alcançar tão sublimes agudos. Se hoje em dia, Secos&Molhados não significa mais nada além de um antigo termo que designava armazéns, fato é que, se o grupo acabou, ao menos Ney Matogrosso chego

Uma nova tinta no cordel da Paraíba

Foi lançado na Cidade Rainha da Borborema um cordel de autoria do poeta campinense Roniere Leite Soares intitulado "Petróleo e Gás e Energias", 16 páginas, capa amarela, 10 x 15 cm, pela Fundação ParqueTecnológico da Paraíba . A escrita do trabalho foi uma demanda da Unidade Acadêmica de Engenharia de Minas (UFCG) , através do projeto "Espaço Petróleo e Gás", coordenado pelo Professor JoséAvelino Freire e vice-coordenado pelo Professor Alcides Ramos de Brito. O autor do cordel se referenciou em textos acadêmicos de vários professores para criar o conteúdo poético na forma de 53 sextilhas (318 versos) em redondilha maior. A estrofe introdutória remete à criação da capa e dispara nas entrelinhas: Gás de arroto em alto-mar Vindo de fóssil alevino Congelou-nos milenar No porão submarino: Bolhas do rudimentar Elo sobre o qual assino! Este folheto de cordel está sendo distribuído gratuitamente em escolas públicas de Campina Grande, Paraíba, e foi estruturado e

Onde está Amarildo? Onde estão os mortos do tráfico? Onde estão os presos políticos?

Hoje saiu no UOL, uma entrevista com o novo comandante do batalhão da PM . Nela, o coronel José Luiz Castro Menezes respondeu algumas questões sobre a forma de atuação da PM do Rio frente as manifestações e, ainda, sobre o caso do desaparecimento, desde o dia 14 de julho, do servente de pedreiro Amarildo. Ainda vasculhando um pouco mais, pode-se ver, em uma das fotos sobre o caso, manifestantes passando pelo túnel Zuzu Angel, em passeata contra o desaparecimento inexplicável de dezenas de pessoas desde a implantação das UPPs em algumas favelas do Rio. O comandante está correto quando diz que não é possível saber se realmente aumentou o número de desaparecidos ou se esses dados eram mascarados até a chegada das UPPs nas favelas, o que justificaria um “aumento” desse número. Fico com a primeira ideia; não creio que uma das cenas de Tropa de Elite 2, que mostram o serviço “peculiar” de pessoas tirando a arcada dentária de corpos queimados, seja pura invenção ficcional do roteirista. Gost

Dicas de Séries: Without a Trace (Desparecidos)

Minha dica de hoje é a série Without a Trace , também conhecida no Brasil como Desaparecidos . A série estreou em 2002, teve sete temporadas e foi cancelada em 2009, era transmitida pelo canal fechado CBS, porém ficou conhecida do grande público ao ser exibida pelo SBT durante algum tempo. Tudo bem que ela já terminou, mas pra quem gosta de um drama policial, a série é ótima, e o melhor é que não precisa esperar meses para ver a continuação!! Without a Trace (Desaparecidos) mescla o dia a dia de uma equipe do FBI especializada em casos de pessoas desaparecidas com a vida particular dos protagonistas. E isso é o que mais me agrada, pois torna os personagens mais humanos, já que a série também aborda seus dramas, amizades, casos amorosos, vida em família, entre muitos outros. No elenco estão Anthony LaPaglia, ganhador do Globo de Ouro pela sua atuação na série (se bem que ele não me agrada muito como ator) no papel do agente Jack Malone, chefe do grupo, Poppy Montgomery, Eric Clo

Senhor Parlamentar, ética não deve mesmo ser compromisso?

Dois dias atrás, navegando pelo Twitter, deparei-me com a seguinte notícia publicada pelo site do Estadão: “O que é ética pra você pode não ser ética pra mim. Ética éuma coisa abstrata” . Essa declaração do senador Lobão Filho seria a justificativa para excluir, no momento da posse, o juramento dos senadores sobre o exercício e a defesa intransigente da ética. Vamos pensar um pouco sobre o que ele disse. Em primeiro lugar, sobre a palavra ética. Ética vem do grego ethos, e significa modo de ser e de viver em sociedade. Se olharmos mais a fundo o tema, perceberemos que ao lado dela está a moral, que é o conjunto de valores que o ser humano adquire em seu meio social mais restrito, são os costumes e os modos que incorpora na convivência com a família e o círculo mais próximo. A moral preexiste à ética, é inerente a todo ser humano. A ética sobreveio para “regular” e formar traços comuns às “morais” existentes na sociedade. Então ele disse: “ética é uma coisa abstrata”. Ao buscarmos a

Porque vale a pena assistir ao Roda Viva

Para quem não viu, na noite de ontem, segunda feira (05/08), os idealizadores do grupo “ Mídia Ninja ” foram ao programa Roda Viva, exibido pela TV Cultura (SP). Chamou-me a atenção o fato de a cada semana o programa trazer entrevistados variados, sempre com questões interessantes, e nesta semana trazer justamente um grupo que pretende fazer uma revolução no meio jornalístico, com uma nova forma de veicular informação. Durante o programa, os “ninjas” falaram sobre suas propostas de ampliar a forma de fazer jornalismo, com o amparo das novas tecnologias da informação, e ficou marcado, ao menos para mim, o fato de uma nova geração estar de frente a entrevistadores de um programa que, até 27 anos atrás, também era considerado – e arrisco dizer, ainda é – inovador e revolucionário. Alguns, sobretudo entre o público mais jovem, devem achar o programa chato e antiquado, mas nos dias de hoje, em que vemos veicular tanta informação rasa e sem precedente, com declarações publicadas pela m

O Papa, os protestos... E você com isso?!

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Alguns dias após a chegada do papa ao Rio de Janeiro, e logo após alguns protestos no final de junho contra os gastos excessivos da Copa, e em favor de melhores condições para saúde e educação, houve a “Marcha das Vadias” , onde foi possível ver mulheres de seios nus gritando frases de impacto, usando a cruz como protesto, o corpo como “arma”. Dentro dessa perspectiva, muitos participantes defendiam a liberdade sobre seu corpo e sobre sua vida, alegando que o Estado deve ser laico, e que não deve sofrer a influência da igreja para decisão de determinados assuntos. Vasculhando mais um pouco, ao fazer pesquisas à margem do evento e das manifestações, não é preciso ter “dedinhos nervosos” para ter acesso as notícias mais tristes: Crianças morrem de fome. Moradores de rua morrem de frio. Drogados morrem pelo vício e pelas dívidas com drogas. Para estes, não existiu evento algum, nem mesmo manifestação sobre o direito ao próprio corpo, pois seus corpos já estão mais do que escravizados pe

Análise d'O Homem de Aço

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Deixei para ver quase que de última hora o novo Super-homem (Man of Steel) e deveria nem ter ido. Desde que anunciaram Henry Cavill como o escolhido para o papel, comecei a duvidar do que seria “O Homem de Aço”. Fazia tempo que eu não tinha essa sensação de tempo perdido . O filme não poderia ser tão decepcionante quanto eu esperava. É verdade que o melhor filme da série Superman (1978), de Richard Donner, continua a ser até agora indiscutivelmente o melhor de todos. Também não tinha uma direção de arte brilhante e o planeta também era brega, mas Marlon Brando, mesmo com preguiça e descaso é infinitamente melhor do que Russell Crowe que faz o pai, Jor El, certamente hoje em dia, o pior ator em ação no cinema . Devia ir direto para o elenco de “Os Mercenários 3”! Deu saudades de Christopher Reeve, da trilha sonora de John Williams, porque a de Hans Zimmer é imemorável neste novo filme. Pra mim que sou cada vez mais louco por efeitos especiais, vale a pena ver o filme . Mas, o a

Uma análise crítica e áspera de Wolverine Imortal

Antes de qualquer coisa, precisamos estabelecer o que está sendo analisado aqui: o Filme! Mas e o HQ? Não! A maioria dos fãs de obras adaptadas de HQs, livros, jogos e outras linguagens para o cinema saem cuspindo marimbondos das salas com críticas baseadas em apenas um requisito: a chamada “fidelidade” ao original . Se procuram uma crítica baseada nisso, aqui vai tudo o que posso contar: ouvi dizer que é bem fiel. Agora vamos ao filme. Já deixo claro aqui que podem haver alguns spoilers . A aventura começa com Logan (Hugh Jackman) em 1945, na cidade de Nagasaki, onde salva a vida de Yashida, um jovem soldado japonês. Logan acorda da lembrança ao lado de ninguém menos que Jean Grey (Famke Janssen). Mas esperem, ela é apenas fruto da consciência pesada dele. O enredo se arrasta entre cenários que vão fazer vocês se lembrarem de “Os Miseráveis” até o ponto em que o personagem principal encontra Yukio (Rila Fukushima), que foi buscá-lo para se despedir de Yashida, que está à

Morte e Vida de Charlie St. Cloud

Já devia há muito tempo ter desistido de ver adaptações de livros, mas acho que nunca vou conseguir, pois a curiosidade é maior! Fico com aquela vontade louca de ver como ficou tudo aquilo que eu imaginei, enquanto devorava centenas de páginas, transformado para as telonas. Quando li o livro “Morte e Vida de Charlie St Cloud ”, de Ben Sherwood, me apaixonei pela história , que eu mais ou menos já sabia sobre o que era. Estava com muita vontade de ler o livro, ainda mais porque o filme já me esperava na prateleira dos DVDs do meu quarto há um bom tempo.   Sinopse: Um coração dividido entre dois mundos. Em uma pacata vila de pescadores da Nova Inglaterra, Charlie St. Cloud cuida dos gramados e monumentos de um antigo cemitério onde seu irmão mais jovem, Sam, está enterrado. Após sobreviver ao acidente de carro que tirou a vida de seu irmão, Charlie recebe um dom extraordinário: ele consegue enxergar, conversar e até mesmo brincar com o espírito de Sam. É neste mundo místico que entra T

A primeira e última vez de um certo cinema brasileiro

Avenida Ipiranga, 974. Em 19 de Julho de 1961 às 13:40h acontecia a primeira sessão de “Eu, Pecador” em um dos maiores e principais cinemas do Centro de São Paulo. Palco de enormes estreias como “Ben Hur”, “Terra em Transe” e “Cleópatra” (este último com direito a uma première em 1963), o Cine Windsor marcou a memória de cinéfilos de toda a capital . Em 1981, inclusive, o Windsor recebeu os mais de 4 milhões de espectadores de “Coisas Eróticas”, primeiro filme brasileiro com cenas de sexo explícito. A família Luccas, proprietários também do Cine Dom José (em atividade até hoje), trouxeram para suas salas tecnologia, luxo e qualidade que duraria até hoje, não fosse a invasão dos complexos de Shopping. Com a queda de publico, pouco a pouco, as majestosas e luxuosas salas de cinema de rua foram sendo vendidas, demolidas, alugadas para outros fins e as que continuaram optaram por passar filmes marginais, em sua maioria pornografia, para manter suas portas abertas. Em 7 de Julho de 201