A roda-gigante da vida

Uma imagem simbólica representando 'A Roda-gigante da Vida', apresentando uma grande roda-gigante em movimento em um parque durante um pôr do sol dramático. A roda tem assentos ocupados e vazios, simbolizando os altos e baixos da vida. Uma pessoa está sentada calmamente em um dos assentos inferiores, parecendo atenciosa, enquanto outra pessoa no assento superior parece estar alcançando o céu. A cena evoca sentimentos de reflexão, resiliência e esperança. O fundo do parque está ligeiramente desfocado, enfatizando a roda-gigante como o foco central.
A vida é uma roda-gigante…

Freqüentemente me pego pensando sobre as idas e vindas da vida. Talvez a coisa mais democrática que exista seja as atribulações. Elas não fazem distinção de cor ou classe social, não escolhem lugar nem dia para acontecer. Passar por problemas na vida não é uma exclusividade minha e certamente também não é sua. Todos estamos carregando a nossa própria “bagagem”; não há exceção!

Não há para aonde correr, não há onde se esconder; mais cedo ou mais tarde ela chegará a cada um de nós. E assim que chegar, chorar e reclamar não te ajudará em nada. O mais certo é que tal atitude afetará negativamente a sua autoestima já que servirá como uma lupa ampliando a sua percepção do problema. E nesse momento, o que menos se quer é sentir-se sem forças e incapaz de encontrar uma solução.

Mas e se este é um mal que ataca a todos, o que devemos fazer para aceitar e superar o inevitável desconforto?

Como dizia o célebre ex-jogador do Clube Atlético Mineiro, Dadá Maravilha: “Para toda problemática existe uma solucionática”.

O mais importante é saber lidar com as pancadas que recebemos. Não é a quantidade e nem o tipo do problema que determina, e sim, a forma como o encaramos. Podemos vê-lo como algo injusto e indesejado e cair na armadilha da lamentação passiva e autopiedade ou podemos enxergar como um desafio e uma prova de lapidar o nosso caráter e promover o crescimento pessoal. Devemos ser a força propulsora que impulsiona a engrenagem e nos movimenta para a solução, em vez de nos tornarmos apenas mais uma peça defeituosa do sistema.

O uso de metáforas motivacionais é comum em palestras e são bem efetivas também para o âmbito pessoal, pois auxilia na compreensão e ajuda na visualização de um mapa mental do que está acontecendo. Elas geralmente têm o poder de transformar algo teórico em algo prático tornando-se didático e facilitando uma estratégia interior personalizada para que possamos estabelecer métodos e metas para as ações e/ou atitudes necessárias.

Uma espécie de lema pessoal que utilizo para não desanimar diante das dificuldades é: “A vida é como uma roda-gigante: às vezes estamos na cadeira de cima e às vezes na de baixo. E geralmente quando estamos na de baixo, quem está na de cima está cuspindo na sua cabeça.” Apesar de, num primeiro momento, não parecer algo muito consolador, isso me ajuda a seguir firme, pois me faz compreender sobre as barreiras e perceber que elas, na maioria das vezes, são cíclicas e temporárias, sabendo que, eventualmente, quem estava na cadeira de cima virá para baixo e, em seguida, será a minha vez de ir ao topo.

Depois de estar totalmente consciente disso, no final das contas, você perceberá que o segredo consiste em duas palavras que devem ser convertidas em ação:
  1. Paciência: mantenha a calma, não se desespere e foque na solução e não no problema. Nada será resolvido se em primeiro lugar você não estiver no controle das suas emoções, dos seus pensamentos e com as ideias esclarecidas;
  2. Criatividade: não existe receita pronta para encontrar soluções. Muitas vezes será necessário ver além do óbvio e ser criativo. No fim, além de satisfeito por ter tirado um peso das costas, você também ficará orgulhoso pela forma que conseguiu fazer e fortalecido pela superação.
Lembre-se, a vida é uma roda-gigante e em todo parque de diversões há brinquedos que causam medo, mas sempre saímos contentes pela aventura e engrandecidos pela experiência. Fortalecidos e experientes, estaremos muito mais seguros de si e prontos para encararmos qualquer novo brinquedo pela frente.

Para finalizar, gostaria de citar duas obras que podem auxiliar na jornada de resiliência.

A primeira é um trecho de uma cena do filme Rocky Balboa, de 2006, em que é possível vermos a importância de não nos vitimizar diante das adversidades e qual tipo de postura devemos adotar. Apesar da atuação não ser das melhores, a mensagem é:


Por fim, deixo a tradução da letra de uma canção da banda inglesa Coldplay que retrata bem tudo o que foi dito aqui até agora sobre situações desagradáveis do cotidiano.

Confie em você e confie na vida, pois, de uma forma ou de outra, ela sempre achará um jeito de te consertar.


Quando você tenta o seu melhor, mas não é bem sucedido
Quando você consegue o que quer, mas não o que precisa
Quando você sente-se muito cansado, mas não consegue dormir
Preso em marcha à ré

Quando as lágrimas escorrem no seu rosto
Porque você perdeu algo que não pode substituir
Quando você ama alguém, mas tornou-se desgastado
O que poderia ser pior?

As luzes o guiarão para casa
E aquecerão os seus ossos
E eu tentarei te consertar

Lá no alto ou lá embaixo
Quando você está muito apaixonado para deixar ir embora
Mas se você nunca tentar, você nunca saberá
Qual é o seu valor

As luzes o guiarão para casa
E aquecerão os seus ossos
E eu tentarei te consertar

As lágrimas escorrem no seu rosto
Quando você perde algo que não pode substituir
As lágrimas escorrem no seu rosto
E eu

As lágrimas escorrem no seu rosto
Eu lhe prometo que aprenderei com todos os meus erros
As lágrimas escorrem no seu rosto
E eu

As luzes o guiarão para casa
E aquecerão os seus ossos
E eu tentarei te consertar

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